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Resenha – Mitologia Nórdica

Fala galera, tudo bom com vocês?

Estivemos um tempo parado por motivos pessoais, principalmente por conta das nossas faculdades que acabam tomando muito o nosso tempo. A Déborah ainda tem mais tempo para ler e fazer as resenhas do Blog, enquanto eu vou procrastinando as leituras por falta de tempo mesmo (Estágio + Monografia + Trabalho = EU mesmo sem tempo). Mas enfim, aos poucos vamos voltando a postar com mais frequência.

A resenha de hoje é do livro Mitologia Nórdica do nosso querido e amado escrito meio louco as vezes, sim, as vezes apenas… (risos) Neil Gaiman


MitologiaNordica_GLivro: Mitologia Nórdia
Autor: Neil Gaiman
Páginas: 288
Gênero: Ficção
Editora: Intrínseca
Nota: 🍦🍦🍦🍦🍦

Sinopse – Quem, além de Neil Gaiman, poderia se tornar cúmplice dos deuses e usar de sua habilidade com as palavras para recontar as histórias dos mitos nórdicos? Fãs e leitores sabem que a mitologia nórdica sempre teve grande influência na obra do autor. Depois de servirem de inspiração para clássicos como Deuses americanos e Sandman, Gaiman agora investiga o universo dos mitos nórdicos. Em Mitologia nórdica, ele vai até a fonte dos mitos para criar sua própria versão, com o inconfundível estilo sagaz e inteligente que permeia toda a sua obra.

Fascinado por essa mitologia desde a infância, o autor compôs uma coletânea de quinze contos que começa com a narração da origem do mundo e mostra a relação conturbada entre deuses, gigantes e anões, indo até o Ragnarök, o assustador cenário do apocalipse que vai levar ao fim no mundo. Às vezes intensos e sombrios, outras vezes divertidos e heroicos, os contos retratam tempos longínquos em que os feitos dos deuses eram contados ao redor da fogueira em noites frias e estreladas.

Mitologia nórdica é o livro perfeito para quem quer descobrir mais sobre a mitologia escandinava e também para aqueles que desejam desvelar novas facetas dessas histórias.


Como começar a resenha deste livro… Fica meio difícil fazer uma resenha detalhista, até por que a resenha ficaria extremamente grande e com certeza algum detalhe seria dito e acabaria por estragar a leitura de quem fosse ler o livro. Essa obra nos traz 15 contos (de sua própria autoria) do nosso grandioso gênio escrito Neil Gaiman, nos mostrando toda a riqueza da cultura nórdica.

Como sempre, ao falarmos de mitologia nórdica, pelo menos na minha cabeça, já me vem três personagens principais, e que de fato são os principais citados no livro – Odin, Thor e Loki. Odin pai de Thor e Loki.

“Loki, aquele que foi feito irmão de Odin por um juramento de sangue, Loki, o filho de um gigante que vive em Asgard junto aos Aesir.” Pg. 19

thor_odin_loki_by_tonyperna-d293ohaOdin – É o mais poderoso e o mais velho dos deuses. Conhece muitos segredos. Abriu mão de seus olhos em troca de sabedoria. E foi além: por poder e pelo conhecimento da magia das runas, sacrificou a si mesmo.

Thor – Filho de odin, é o forjador de trovões. Ele é o bem direto e franco, ao contrário do pai, que é ardiloso, é amigável e carismático, enquanto o pai é rancoroso. Thor é grande, tem barba ruiva, é forte. De longe o mais forte dos deuses. Sua força é ampliada pelo seu cinturão. Megingjord: sempre que o usa, a força de Thor dobra.

Loki – É muito bonito. Ele é sensato, convincente, simpático e, de longe, o mais perspicaz, sutil e astuto de todos os habitantes de Asgard. É uma pena que tamanha escuridão em seu âmago: tanta raiva, tanta inveja, tanta cobiça.

Os contos vão desde o Gênesis – Criação – até o apocalipse da  mitologia nórdica, que é o fim dos deuses. Vamos a uma lista sobre o que se trata cada um dos 15 contos escritos por Gaiman.

1° Conto – Gênesis – A criação;

2° Conto – Yggdrasill, a árvore do Mundo que cresce e conecta-se entre os nove mundos;

3° Conto – Sobre Odin e sua busca incansável por sabedoria;

4° Conto – Como foi feito o martelo de Thor;

5° Conto – A astucia de Loki e suas várias faces;

6° Conto – Os filhos de Loki;

7° Conto – O casamento da deusa Freya;

8° Conto – A criação da poesia no mundo;

9° Conto – A bravura de Thor;

10° Conto – A obtenção da imortalidade dos Deuses e o preço a se pagar;

11° Conto – O alto custo do amor;

12° Conto – Vi cios, até onde os deuses são capazes de ir para conseguir seus desejos;

13° Conto – A morte do mais belo dos deuses;

14° Conto – Vingança que se alastra até mesmo nos corações mais tranquilos;

15° Conto – Ragnarok, o fim dos deuses – O apocalipse.

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Yggdrasill, a árvore do Mundo que cresce e conecta-se entre os nove mundos.

Todos os contos são extremamente detalhistas, e nos mostram como o autor é inteligente ao ponto de criar esses contos. Os contos são pequenos, mas ricos em detalhes. A leitura segue de forma leve e rápida. Estamos falando de Neil Gaiman né gente, não poderíamos esperar algo que não fosse do Brilhante ao sensacional. Se eu recomendo a leitura? SIM, CLARO OU COM CERTEZA? Vocês tem que ler esse livro ❤


Então é isso pessoal, não tinha como falar mais coisas sobre cada conto, se não já sabem né, ia findar escapando alguma palavra ou frase que acabaria por estragar a leitura de vocês, caso vocês decidam ler esta obra magnífica. Beijos e abraços, e até o próximo post.

Junior Cunha

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Resenha: Tudo o que nunca contei

Fala Galera tudo bom com vocês? saudades? eu sei que eu tava. A resenha de hoje é de um lançamento da Intrínseca e romance de estréia da autora. Vamos lá?

TudoOQueNuncaContei_GLivro: Tudo o que nunca contei
Autor: Celeste Ng
Páginas: 304
Gênero: Ficção
Editora: Intrínseca
Nota: 🍦🍦🍦

Sinopse: Na manhã de um dia de primavera de 1977, Lydia Lee não aparece para tomar café. Mais tarde, seu corpo é encontrado em um lago de uma cidade em que ela e sua família sino-americana nunca se adaptaram muito bem.

Quem ou o que fez com que Lydia – uma estudante promissora de 16 anos, adorada pelos pais e que com frequência podia ser ouvida conversando alegremente ao telefone – fugisse de casa e se aventurasse em um bote tarde da noite, mesmo tendo pavor de água e sem saber nadar? À medida que a polícia tenta desvendar o caso do desaparecimento, os familiares de Lydia descobrem que mal a conheciam. E a resposta surpreendente também está muito abaixo da superfície.


Lydia está morta. Mas eles ainda não sabem disso. (pág. 5)

E assim começa o primeiro capítulo de Tudo o que eu nunca contei: Lydia, filha adorada, irmã suportada, aluna dedicada está morta, mas a família ainda não sabe. Dada como desaparecida até que seu corpo é encontrado no lago da cidade, uma situação que ninguém preveria, pois Lydia não sabia nadar, como isso aconteceu? Como e por que Lydia foi ate o lago?

O livro é organizado em Doze capítulos, onde alguns deles tratam do presente, ou seja, após morte de Lydia e o restante são Flashback de quando a mãe de Lydia desapareceu por alguns meses, estariam os dois sumiços relacionados? como um afeta o outro? o livro se passa na década de 70, e observamos como Marilyn Walker sempre teve o desejo de sobressair, de ser médica, de não ser condenada a cuidar simplesmente do lar como sua mãe e maioria das mulheres, e vemos James Lee tentando se misturar, ser igual aos americanos, já que ele é chinês e o preconceito/estranhamento não é mascarado. Um querendo se destacar, o outro querendo ser igual a todos, como então acabaram juntos?

Como aquilo começou? Como tudo sempre começa: com mães e pais. Por causa da mãe e do pai. Porque muito tempo atrás, sua mãe desapareceu, e seu pai a trouxe de volta. Porque sua mãe queria, acima de tudo, se destacar; porque seu pai queria, acima de tudo, se integrar. Porque as duas coisas eram impossíveis. (Pág. 27)

Há também o restante da família de Lydia seu irmão mais velho Nath e a Irmã mais nova Hannah. Amos sempre deixados de lado em detrimento às atenções direcionadas á Lydia. Os pais vêem em Lydia a realização de seus sonhos: A Mãe: uma mulher médica, expert em física que sempre poderá fazer o que quiser; O Pai: vê uma garota sem traços orientais proeminentes e que nunca será impedida de fazer algo por conta de sua origem. A medida que o livro avança percebemos que há segredos nunca revelados na família, sentimentos reprimidos e um equilíbrio estrutural que é abalado com a morte de Lydia, afinal foi suicídio ou homicídio? quais os motivos por trás?

O livro é bem descritivo, um ritmo calmo, até os momentos de Clímax/ tensão aparentam uma calmaria. Ele te prende, pois, você quer saber o que aconteceu com a Lydia, e conforme a leitura avança novos detalhes vão sendo revelados: Lydia queria ser médica? se sim, porque suas notas estavam caindo? se não, porque dizia que sim? é interessante ler e ver a lógica da autora por trás dos fatos e se surpreender com o final (ou não). Eu gostei, mas nada exagerado, nos faz refletir sim, relacionamentos inter-raciais, a flata de atenção dos pais com os filhos, o excesso de atenção com outros.

A Hannah é praticamente o cachorro da família, dorme no sótão, vive debaixo dos móveis, mal fala e quando fala não é ouvida, vê tudo, ouve tudo e coleciona objetos descartáveis que lhe traz boas lembranças. Não que eu seja insensível e não esteja nem aí para a Lydia, mas me liguei muito mais em Hannah, a personagem que vê coisas que os outros não vêem, instintivamente assimila como os outros se sentem, e deste modo, acaba sendo a que melhor percebe o que está acontecendo a sua volta, sem expectativas exageradas, satisfeita com o que recebe, por mais simples que seja.

 

DÉBORAH REGINA